Sumário

Pesquisa, estratégia e políticas de biorrisco

Por Benjamin Todd,  Gregory Lewis e  a equipe da 80.000 Hours ·
Última atualização em abril de 2023·
Publicado em inglês pela primeira vez em outubro de 2021

Traduzido, editado e adaptado pela equipe do Carreiras Eficazes, de modo a atender as necessidades das comunidades lusófonas com autorização dos produtores do texto original. 

Quando a covid-19 começou a se espalhar rapidamente em 2020, a humanidade se encontrou entrando em uma corrida muito atrás da linha de largada. Não sabíamos muito sobre como o vírus se espalhava; não sabíamos nem se podíamos ser infectados pelo ar que respirávamos ou pelas superfícies que tocávamos.

Não sabíamos quão provável era a transmissão ao ar livre, se as máscaras seriam eficazes ou quão rápido podíamos desenvolver, produzir e distribuir vacinas e tratamentos eficazes. 

Em suma, estávamos despreparados.

E da próxima vez que algo como a covid-19 chegar — ou algo muito, muito pior —, não está claro se estaremos em uma situação muito melhor.

Esta análise te diz como você poderia utilizar a sua carreira para fazer algo a respeito disso.

No nível mais básico, envolve garantir que a humanidade esteja mais preparada, de modo que nenhum vírus jamais nos pegue de guarda baixa novamente. Devemos ter um entendimento muito melhor de como os vírus se espalham, para que possamos deter pandemias antes de chegarem no portão. Precisamos de sistemas melhores e  altamente efetivos para implementar vacinas, tratamentos e intervenções não farmacêuticas, que funcionarão contra uma ampla gama de ameaças. Precisamos de políticas, práticas e instituições que reduzem o risco de novas pandemias — particularmente aquelas causadas por patógenos artificiais, que acreditamos representar os maiores perigos — devastarem o mundo novamente.

Em resumo: avanços na biotecnologia poderiam gerar, por acidente ou uso indevido, pandemias ainda piores do que aquelas que ocorrem naturalmente, e ruins o bastante para ameaçar a civilização humana. A covid-19 demonstrou que a preparação e resposta globais para uma pandemia de grande porte são inadequadas em geral, e a ameaça de pandemias que surgem do uso indevido da biotecnologia continua sendo especialmente negligenciada. Os esforços para reduzir este perigo são assim extremamente valiosos.  

Recomendado

Se você tiver compatibilidade com esta carreira, pode ser o melhor modo para você ter um impacto social. 

Status da análise

Baseada numa investigação aprofundada.

(Entrevistamos pelo menos cinco pessoas com especialidade relevante sobre este caminho, passamos pelo menos uma semana lendo os melhores conselhos existentes e fizemos uma investigação aprofundada sobre algumas de nossas incertezas fundamentais referentes a este caminho (ou algo similar). Algumas das nossas opiniões serão pesquisadas minuciosamente, embora seja provável que permaneçam algumas lacunas no nosso entendimento.)

Por que carreiras em biorrisco podem ter alto impacto?

Argumentamos que pandemias podem apresentar riscos globais catastróficos, em particular conforme avanços na bioengenharia possibilitam criar pandemias projetadas, que são ainda mais letais do que aquelas que ocorrem naturalmente (p. ex., a gripe de 1918 e a Peste negra).

O mundo já dedica muitos milhares de pessoas e muitos bilhões de dólares à mitigação dos perigos das pandemias em geral.

Mas isso, no entanto, era amplamente considerado insuficiente antes da covid-19 e parece que o resultado continuará inadequado: surpreendentemente pouco foi feito para reforçar a nossa preparação para uma outra pandemia nos últimos anos.

Os esforços existentes também geralmente priorizam pandemias que surgem naturalmente em detrimento de surtos que poderiam ser causados por erro ou malícia de seres humanos, em vez disso. Não obstante, por razões explicadas em nosso perfil de problema, são as potenciais pandemias feitas pelo homem que são muito mais dadas a apresentar um risco existencial catastrófico global.

Há uma sobreposição considerável entre o trabalho que mitiga riscos de pandemias naturais e esses riscos mais extremos. Ainda assim, o trabalho focado particularmente nos riscos extremos parece um tanto negligenciado no campo atualmente.

Classificamos o biorrisco como uma questão menos urgente do que a segurança da IA, principalmente porque pensamos que os biorriscos são menos dados a serem verdadeiramente existenciais e a IA parece mais dada a ter um papel em moldar o futuro a longo prazo de outras maneiras. No entanto, trabalhar na prevenção de pandemias parece ter um valor muito alto para nós e pode facilmente ser a sua melhor opção, se tiver uma vantagem comparativa neste caminho (p. ex., formação em medicina).

O que este caminho envolve?

Há muitas intervenções promissoras neste campo, e você pode fazer contribuições valiosas a partir de diferentes contextos acadêmicos e profissionais — incluindo aprendizado de máquina, ciências sociais, desenvolvimento empresarial, entre outros — e enquanto trabalha em contextos profissionais variados, como o governo, a indústria , a sociedade civil ou o meio acadêmico.

Fornecer uma orientação abrangente para todas elas não é possível aqui. Para informações e conselhos específicos para caminhos particulares dentro de cada uma, recomendamos entrar em contato e juntar-se à comunidade mais ampla. Mas este artigo oferece uma visão geral dos tipos de carreiras neste caminho, assim como algumas orientações gerais para avaliar a sua adequação para este campo e planejamento de carreira dentro dele.

Uma visão geral das carreiras em biorrisco

Ferramentas para prevenir biorriscos são muitas vezes (imperfeitamente) divididas em domínios técnicos e de políticas. Mas é comum essas abordagens se sobreporem. Por exemplo:

  • Políticas podem buscar influenciar campos técnicos (p. ex., regulamentação de pesquisas de uso duplo).
  • Desenvolver e implementar uma nova capacidade de biodefesa frequentemente requer a defesa de políticas.
  • Avanços técnicos podem lidar com objetivos relativos a políticas (p. ex., atribuição e engenharia genética).

Não obstante, pode ainda ser útil dividir carreiras nesta área, grosso modo, em caminhos técnicos e de políticas, com algumas carreiras incluindo elementos consideráveis de ambos os caminhos ou se sobrepondo a outras áreas de causa.

Carreiras em políticas de biorrisco

Muitos dos riscos que encaramos de pandemias poderiam ser reduzidos ou mitigados em termos de políticas.

Os principais atores neste espaço são os governos nacionais. Eles têm quase um monopólio sobre alguns tipos de intervenções (p. ex., diplomáticas, legais, regulatórias, de segurança, de inteligência) e são os grandes atores  em muitas outras (p. ex., financiamento em ciência e tecnologia). Logo, o serviço governamental é uma rota promissora para o impacto.  

Os Estados Unidos provavelmente oferecem as melhores oportunidades para impacto sobre este problema porque já é um ator influente na biossegurança global. Outras nações também são importantes e plausivelmente negligenciadas.

Você tem mais probabilidade de ser capaz de conseguir funções, trabalhando em questões sensíveis relacionadas à segurança no seu país de origem ou cidadania, visto que os governos podem confiar menos em estrangeiros. E diferentes agências dentro do governo são responsáveis por trabalhar em diferentes aspectos do biorrisco, de modo que você deseja ser deliberado ao escolher onde trabalhar. Essa escolha pode depender de quais  problemas particulares nesta área você quer focar.

Você também pode ter um impacto nas políticas de biorrisco fora do governo. Posições no meio acadêmico, em centros de pesquisa e na sociedade civil podem ter um papel importante em aconselhar, formar parcerias ou lobby com governos para melhorar políticas.  

Por exemplo, o uso de estudos de infecção humana controlada para mitigar as pandemias foi inicialmente proposto por acadêmicos e então defendido pelo grupo de defesa 1DaySooner.

Órgãos internacionais como a Organização Mundial de Saúde, a ONU e a UE também têm papéis a representar. Embora a Convenção de Armas Biológicas, por exemplo, esteja com um déficit de recursos e tenha um histórico inconsistente, o seu poder de convocação e a sua consagração da norma categórica contra as armas biológicas continuam sendo valiosos para a segurança da saúde global. 

Carreiras técnicas em biorrisco

O caso das vacinas na pandemia da covid-19 sustenta a importância de contribuições técnicas à redução do biorrisco, visto que as modelagens sugerem que a vacinação contra a covid salvou mais de 10 milhões de vidas. Mas também destaca o fato de que há muito mais a fazer.

Houve 1,6 milhão de mortes de covid confirmadas antes das vacinas serem usadas pela primeira vez em qualquer lugar, e mais 5 milhões desde então. A maioria delas eram preveníveis, e acredita-se que o número real de mortes totais seja de 2 a 3 vezes mais alto.

Da mesma forma que avanços tecnológicos durante as últimas duas décadas possibilitaram implementar uma vacina, dentro do primeiro ano da pandemia de covid — um feito sem precedentes históricos que salvou milhões de vidas — avançar capacidades técnicas para prevenir, detectar e responder a surtos emergentes, poderia reduzir ou eliminar o perigo de uma pandemia catastrófica no futuro.

A biotecnologia e a indústria farmacêutica são importantes para desenvolver contramedidas médicas como vacinas de “plataforma” e terapias de amplo espectro. Mas também há intervenções promissoras fora desses campos: o aprendizado de máquina poderia nos ajudar a desenvolver métodos melhores de detecção de engenharia e atribuição genéticas; a física e a engenharia são cruciais para produzir melhores equipamentos de proteção individual (EPI ) ou esterilização altamente eficazes (p. ex., far-UVC).

Muitas intervenções técnicas em potencial precisam funcionar entre múltiplas disciplinas. Por exemplo, desenvolver um ”observatório do ácido nucleico”, que utiliza sequenciamento metagenômico para conseguir um “aviso prévio” de um surto, pode exigir: 

  • Biologia computacional, para descobrir os sinais de aviso prévio de um surto nos dados de sequência genética
  • Engenharia, para desenvolver sequenciadores apropriados
  • Modelagem de doenças, para avaliar quão bem isso poderia funcionar e descobrir onde os sensores deveriam ser colocados
  • Políticas de tecnologia, para navegar pelos riscos potenciais de uso indevido
  • Operações e logística, para garantir que ele realmente funcione quando você tentar usá-lo no mundo real

Intervenções técnicas num estágio inicial podem exigir pesquisas e trabalhos teóricos mais “puros”, para determinar a viabilidade e esculpir estratégias, enquanto aquelas num estágio mais posterior, podem exigir habilidades mais clínicas ou empresariais, para estabelecer a eficácia, trazer um produto ao mercado, etc.

Outras carreiras

Alguns caminhos de carreira se encontram fora ou entre os campos técnico e das políticas, como a concessão de financiamento ou a estratégia. O biorrisco também se intersecciona com outras áreas da causa, de modo que esses campos relacionados podem contribuir para a redução de riscos, sem trabalharem exclusivamente nele. Exemplos de tais caminhos incluem a previsão, a melhoria da tomada de decisões institucional, a mitigação de conflitos entre grandes potências e o jornalismo.

Como avaliar a sua adequação

Para avaliar se este este caminho pode ser adequado para você, considere estas questões: 

  • Você está profundamente preocupado com a redução de riscos catastróficos, e especialmente riscos de extinção?
  • Você tem aptidão para uma área de pesquisa relevante ou já tem experiência com ela? Áreas relevantes incluem:
    • Biologia sintética
    • Genética
    • Saúde pública
    • Epidemiologia
    • Relações internacionais
    • Estudos de segurança
    • Ciência política
  • Você tem uma chance de conseguir um doutorado em uma das 30 melhores faculdades em alguma dessas áreas? (Isso não é necessário, mas pode ser um bom indicador da sua capacidade.)
  • Você é capaz de ser discreto sobre informações sensíveis concernentes a biorriscos?
  • Se o seu foco for em contribuições de políticas, você poderia ser capaz de conseguir ou desfrutar de uma posição relevante no governo?
    • Em políticas, é útil ter habilidades sociais relativamente fortes, como estar feliz em falar com as pessoas o dia inteiro e ser capaz de manter uma rede profissional robusta. Carreiras em políticas também requerem paciência para trabalhar com grandes burocracias, e às vezes também envolvem encarar o escrutínio público, o que muitas pessoas acham estressante e difícil de navegar; logo, se você não achar isso estressante, isso é um bom sinal. 

Orientações gerais

Busque uma distribuição de especialização “em forma de T”: por um lado, o biorrisco, como campo, é muito amplo para qualquer indivíduo ser um especialista em tudo (ou mesmo na maior parte dele), e a especialização é muito útil. Por outro lado, a maior parte do trabalho na área é, até certo ponto, interdisciplinar, e o sucesso é tipicamente um esforço de equipe que requer a colaboração entre as disciplinas.

Talvez o melhor equilíbrio a alcançar seja visar uma distribuição de especialização “em forma de T”: uma ampla familiaridade em grande parte do espaço para ter uma ampla interface colaborativa, além da especialização profunda em uma área particular.

Algumas áreas específicas nas quais você poderia tentar desenvolver expertise incluem (incompletas, e em nenhuma ordem em particular): 

  • Relativas a políticas
    • Estudos de biorrisco/segurança: p. ex., contrabioterrorismo, contraproliferação
    • Políticas públicas/direito público: p. ex.: regulamentação de pesquisa de uso duplo de interesse.
    • Relações internacionais/diplomacia: p. ex.: desarmamento (Convenção de Armas Biológicas), governança global e instituições associadas (IHRs da OMS)
  • Técnicas
    • Engenharia/física: p. ex.: engenharia mecânica para melhores EPIs e esterilização, possivelmente engenharia civil (ventilação)
    • Modelagem matemática/epidemiologia: p. ex., prever quão efetivamente intervenções particulares poderiam reduzir o tamanho epidêmico
    • Bioengenharia/biologia sintética: p. ex., para o desenvolvimento de contramedidas médicas

No início da sua carreira, seja orientado pela opcionalidade, o valor da informação e a adequação pessoal para encontrar um nicho. Pode ser complicado descobrir qual especialidade desenvolver, especialmente para aqueles novos neste caminho, visto que haverá muitas vezes um grande campo de opções abertas. 

Haverá provavelmente menos variação em impacto entre subáreas do biorrisco, do que entre as abordagens específicas dentro das subáreas.

Por exemplo, talvez, se o resto permanecer constante, o contrabioterrorismo seja mais importante do que a segurança de laboratórios, dado que o uso indevido deliberado, provavelmente é uma parte maior do risco do que a liberação acidental. E talvez, se o resto permanecer constante, a metagenômica seja mais valiosa do que vacinas de plataforma, visto que é mais negligenciada.   

No entanto, todo o resto tipicamente será muito desigual, ao pesar oportunidades particulares ou caminhos de carreira nessas áreas. Alguns outros fatores incluem:

  • Pesquisa vs. execução: contribuições tecnológicas na redução do biorrisco variam em sua prontidão para o desenvolvimento. Isso significa que o sabor do trabalho que você faz pode variar muito a depender de qual intervenção você segue.
    • As políticas às vezes são concebidas como um “ciclo” ou um “funil” no qual propostas são encontradas, criadas, defendidas e então implementadas. Estágios iniciais tendem a ser mais intensos em termos de pesquisa, enquanto os posteriores são mais orientados à execução. E as vidas de trabalho de (p. ex.) professores versus especialistas em contratos, ou analistas versus defensores, parecem muito diferentes.
  • Prazos de execução e prospectos arriscados: alguns caminhos de carreira em biorrisco envolvem prazos de execução mais longos, antes que se possa esperar fazer contribuições impactantes em comparação com outros. Se o seu caminho requer um extenso estudo de pós-graduação, por exemplo, pode levar anos até você começar a ter um impacto.
    • As carreiras também variam em seu risco. O empreendedorismo (seja técnico, ou em políticas) pode ter impacto esperado muito alto, porque você tem uma chance de fazer uma contribuição verdadeiramente descomunal. Mas pode não funcionar, de modo que você tem uma chance de não atingir nada. Pode com frequência fazer sentido, de uma perspectiva focada no impacto  correr esses riscos; mas esses fatores podem também afetar a sua motivação pessoal e a sustentabilidade do caminho.
  • Ambiente de trabalho: pode-se preferir o dia a dia de trabalho numa organização internacional em comparação com uma startup, ou em comparação com a vida como freelancer independente. Quando você está procurando empregos, vale a pena perguntar a pessoas que assumiram funções semelhantes, como é a experiência cotidiana.

Além de considerações mais amplas como essas, há muitas questões mais específicas: ainda que te agrade trabalhar no governo em geral, você encontraria as oportunidades certas em um departamento em particular? Ainda que te agradem trabalhos concretos, do tipo execução, iria te agradaro tipo que envolve muito tempo cara a cara? E assim por diante.

À medida que você avança em sua carreira, você deve tender a priorizar o uso eficiente dos seus conhecimentos, mais do que a busca de nova informação, em termos relativos. No início, você pode ter um conjunto muito amplo de respostas possíveis para perguntas como: “Que trabalho neste campo estarei fazendo daqui a 10 anos?”

Talvez você ache que tenha mais probabilidade de trabalhar em políticas do que em pesquisa técnica, mas não tenha excluído o trabalho técnico. E dentro das políticas, é mais provável do que improvável, que você busque trabalhar no governo. Essas impressões podem ser bons pontos de partida, mas não são suficientes para definir totalmente  o seu caminho.

Nesse caso, “testes baratos” em termos comparativos sobre essas impressões iniciais seriam altamente valiosos. Você pode tentar um estágio ou uma bolsa no governo; você pode ganhar uma noção de que pode realmente prosperar nesse ambiente ou talvez que o trabalho em políticas simplesmente não motivará você, absolutamente. De uma forma ou de outra, isso é informação extremamente valiosa conforme você sonda diferentes caminhos de carreira.

Testes relativamente “baratos” (em termos de dinheiro, tempo e esforço) podem ser mais fáceis no papel. Oportunidades educacionais são abundantes em termos de estudos autônomos, grupos de leitura ou cursos de pós-graduação (p. ex., biodefesa na Universidade George Mason, segurança da saúde na Universidade Johns Hopkins). Mas a experiência prática pode ser mais difícil de conseguir, e a maioria das oportunidades têm limitações em termos de requisitos de entrada, duração de compromissos, especificidade e competitividade.

Há uma canalização desenvolvida para aqueles embarcando num caminho de carreira, especialmente nos EUA. Você pode dar uma olhada nas seguintes instituições para oportunidades neste espaço:

Os caminhos técnicos se parecem mais com caminhos de carreira paradigmáticos na academia ou na indústria.

Se você está em uma fase mais avançada da carreira, faz sentido ser guiado mais pela busca de oportunidades para melhor aproveitar sua experiência anterior na redução de biorriscos.

Suas habilidades e experiência geralmente formam uma vantagem comparativa preexistente. A questão-chave é como os seus pontos fortes em particular, são melhor empregados para reduzir o biorrisco. Isso pode envolver mudar áreas de pesquisa, mudar de emprego ou desenvolver conhecimento e habilidades adicionais, mas raramente uma requalificação completa do zero. 

Pessoas no meio da carreira, geralmente se encontram em uma posição intermediária entre esses extremos. Seu histórico anterior reduz parcialmente, mas não completamente, suas possíveis opções de carreira. Neste contexto, a aquisição de novos conhecimentos pode ser relevante — semelhante a uma pessoa no início da carreira, com uma forte paixão por uma subárea específica. Por exemplo, um recém-doutorado em biotecnologia talvez deva obter alguma experiência no desenvolvimento de políticas públicas, já que contribuições deste tipo de pessoas com formação técnica podem ser mais competitivas. 

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